Foto: https://www.google.com/
ANDRÉ SOUSA
André Sousa nasceu no Algarve, Portugal, e é licenciado em Sociologia e mestre em Educação Social, pela Escola Superior de Educação e Comunicação - Universidade do Algarve. "Pedacinhos de Mim" é o projeto literário que desenvolve desde 2011, diariamente.
Apaixonado pelas palavras, escreve vários formatos mas a poesia é a sua grande paixão. Um brincador - tal como se define - aborda o amor em todas as vertentes, tratando por "tu" esse sentimento tão vivo e que acredita ser capaz de alterar mentalidades, ações e visões do mundo.
Depois de ter vencido a categoria Texto no "Geração Arte" (iniciativa do Correio da Manhã) e de ter lançado o seu primeiro livro "Juro Amar-te" (fenómeno de vendas em livros de poesia), André Sousa prepara-se para lançar o seu segundo livro: "O Homem que me fizeste ser".
Fonte: https:// https://www.algarveprimeiro.com/
(...)
Artista multimídia, Márcio-André desenvolve pesquisa na área da poesia sonora e da música falada.[20] Fez apresentações em Paris, Londres, Buenos Aires, Lisboa, São Paulo, Recife, Rio de Janeiro, Porto Alegre e outras cidade, além de peças experimentais para teatro e curtas-metragens.[21] Entre 2004 e 2007, coordenou o grupo “Arranjos para Assobio”, de texturas poéticas e realidades experimentais, atrelado a projeto de pesquisa sonora na UFRJ, sob orientação acadêmica do filósofo Manuel Antônio de Castro. Em 2009, fez performance com o poeta americano, fundador da L=A=N=G=U=A=G=E Poetry, Bruce Andrews.
Em suas performances, Márcio-André utiliza o computador para processar, em tempo real, timbres percussivos e harmônicos extraídos do violino e da voz. A partir desse processamento, da criação de texturas e da gravação em loop, ele sobrepõe camadas sonoras e vocais até criar uma massa uniforme de textos e timbres. Em suas peças são notadas influências do noisy, da música minimalista e da música oriental, sobretudo pelo uso de cantos tibetanos e de modos do teatro no. Ele se vale, também, de projeções abstratas, videodanças ou vídeos em loop projetados sobre o palco e incorpora diversos outros elementos cênicos nas apresentações.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/
Não quero ser quem não sou!
Quem não sou e nunca fui,
Não quero ser o que não fui,
Não sabendo ser... quem sou.
Não quero!
Apenas não quero ter o que não tenho,
Porque o que tenho faz de mim quem sou -
E sendo eu o que sou,
Não quero ter mais do que aquilo tenho.
Para ser... o que sempre fui.
Não quero ser o engano.
O engano que nos engana o peito,
Que inflama os olhos,
Que nos faz ser o que não somos -
O que não nos faz sorrir.
Não quero eu ser o que não vejo,
Porque o que vejo marca-me a pele.
O que não vejo...
Engana-me em utopias.
Não quero ser quem não sou,
E não vou para onde me dizem ir.
Fico no meu caminho!
No que quero e não no que não quero,
Dando-me a quem me dou -
Sendo parte... daquilo que sou.
Não quero amar quem não me ama,
Ou então ser o amor de quem não amo.
Quero amar a vida que me corre nas veias.
Ser quem sou - amando todas as minhas...
Fantasias.
Então... Não serei o que não sou.
Não prometo e juro o que não dou.
Não me dou a quem não quero e...
Quem eu quero... Eu dou-me por completo.
Sendo quem sou!
SOM DE POETAS – Colectânea de Poesia. Lisboa?: Papel D´Arroz Editora, Múltiplas Histórias Unipessoal Ltda., 2015.
418 p. ISBN 978-989-8796-37-0 Ex. bibl. Antonio Miranda
ESQUECIMENTO
O destino que me leve... que me revolte o corpo,
Morto pelo cansaço e faminto de sentimento.
Que me rasgue, que trespasse o meu peito em lâminas,
Em ardentes desejos, insanos beijos.
Loucos segredos...
O destino que faça o que quiser de mim...
Que me leve para um lugar em que não estive,
Que deturpe o meu olhar em negros presságios,
Em desditas promessas — esquecidas no tempo.
Eu irei...
Seguirei o rumo que o sonho me leva,
No erro de ser humano (na imperfeição do meu corpo).
O destino que me leve... que dissipe todo o meu querer,
Que me jogue ao fogo, que me faça ardem em labaredas
Em oceanos imensos — que tantos desconhecem,
Eu irei no destino... sem temor e sem medo,
Amando que amo e vivendo tal amor,
No melhor e no pior — como a certeza que amo,
Então...
Rasguem-me a pele e arranquem-me o coração,
Façam da minha carne esquecimento,
Das minhas palavras firmamento. Que eu...
Continuarei a amar quem amo!
MELODIA
Vem... enlaça-te no meu corpo e dança ao som da melodia,
Do batimento dos nossos corações que se expressam em sintonia,
Na magia dos sonhos em que embarcamos,
Fazendo do nosso âmago a carne vivida do desejo que sentimos.
Ouve-me... ouve o som que emana do meu peito,
Deste sentimento refeito que coloco nas palavras que escrevo,
Nos versos mudos e calados — sussurrados ao teu ouvido.
Embarca comigo... nas ondas deste meu oceano de vontade,
No som que arde à clareira do destino que se trespassa em saudade,
Fazendo de nos complementaridade
(compassos perfeitos que se conjugam, em canções).
Revolta-me! Seremos muito mais que multidões,
Que batutas pujantes que marcam o tempo, que alcançam o
firmamento,
De quem se entrega ao amor — como verdade vivida, por completo.
Então vem... vem, e ouve-me...
O meu peito será a caixa de música que te enche de vida,
Os tambores que ecoam na partida —
Na esperança de ser muito mais dos que a morte,
De ser a eternidade de tudo o que somos,
De tudo aquilo por que lutamos,
Na melodia dos nossos corações... em poesia.
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Página publicada em novembro de 2021
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